Jamille Pedagoga

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Algumas ideias: avaliação de Língua Portuguesa - 4º ano

1 - O filho do Seu João, um menino de 8 anos vivia recebendo punições na escola por que batia e ofendia seus colegas. Sempre que era chamado atenção, e dizia que só fazia isto por que os colegas provocavam ele primeiro. Então Seu João resolveu contar uma história para o filho Marcos, com o intuito de mostrar que nós podemos conseguir o que queremos não com a violência, mas com a esperteza.

O Barão Rói-unhas e o velho criado

Hernani Donato

Continuando a caminhada, Pedro Malasartes encontrou um homem já idoso, vestindo roupa de criado de casa rica. Caminhava lentamente e se lamentava em voz alta:

–– Ai, meu Deus, que ingratidão! E ainda devo trazer meu irmão! Ai, meu Deus, que ingratidão!

Compadecendo-se do pobre andarilho, Pedro perguntou pela causa daqueles lamentos. O velho explicou:

–– Durante vinte anos fui empregado do Barão Rói-unhas, cuja casa se pode ver no alto daquele monte. Havíamos combinado que eu nunca me poderia zangar ou deixar de cumprir qualquer de suas ordens, sob pena de perder todos os ordenados já ganhos. Consegui cumprir as ordens que me deu, menos uma. Portanto, não me pagou vinte anos de trabalho, e, agora, devo mandar meu irmão mais novo para me substituir no serviço.

Pedro, como sempre, decidiu-se num momento:

– Pois vou cuidar de emendar esse homem! Vamos ao barão e o senhor dirá que sou o seu irmão. E, pelo caminho, diga-me qual foi a ordem que não pôde cumprir.

–– A ordem que não pude cumprir foi a de levar a sala para dentro do quarto sem passar pela porta.

–– Levar a sala para dentro do quarto sem passar pela porta?! Muito bem, já sei como é que podemos dar uma lição a esse prepotente!

Chegando lá, o velho criado apresentou Pedro Malasartes ao proprietário como sendo o seu irmão, vindo para substituí-lo no serviço. O barão, satisfeito com o ar ingênuo que Pedro arranjou para aquele momento, respondeu que aceitava o novo criado, o qual começaria imediatamente a trabalhar, sob as mesmas condições, perdendo todas as moedas se deixasse uma só ordem por cumprir.

Em seguida, querendo experimentar o novo criado, ordenou:

–– Há muito tempo não vou à caça e meus cães estão ficando preguiçosos. Você vai levá-los para passear no campo. Tome cuidado, porque são muito bravos. Com uma dentada cortam a canela de um touro! Mas também não admito que você os castigue. Se não quiserem correr, você não poderá bater nos bichinhos, mas, se saírem correndo, você não poderá segurá-los nem amarrá-los. Entendido?

Pedro respondeu que sim e saiu. Os cães estavam mesmo tão preguiçosos, tão gordos que não houve palavras, assobios ou convites capazes de movê-los. O barão avisou:

–– Se dentro de cinco minutos esses cães não estiverem correndo, e tão velozes como o vento, você estará perdido!

Pedro é que correu, mas para o fundo do parque. Agarrou pelas orelhas um coelhinho, ao qual disse como se pudesse ser entendido:

–– Não tenha medo, pois aqueles cães estão gordos demais para poder fazer algum mal a você. É só para que movam as pernas...

Passou pelo canil, abriu a porta e soltou o coelho bem à vista dos cães. Foi uma corrida que só vendo! Mesmo gordos e preguiçosos, os cães de caça não deixariam escapar um coelho assim sem mais nem menos! O barão, muito curioso, ansiando por assistir à confusão de Pedro, estava no caminho dos animais. O coelho passou-lhe por entre as pernas, e os cães seguiram as pegadas do bichinho, atirando o homem ao chão e pisando-lhe o rosto.

Pobre barão! Como se arrependeu daquela ordem dada com o único intuito de deixar Pedro em má situação!

Enquanto isso, o coelho corria e pulava, pulava e corria tal como o bom Deus ensinou aos coelhos. Os cães, desacostumados, cansaram-se logo. Pedro, calmamente sentado à sombra, esperou a hora da comida. Vestiu, então, o gorro do cozinheiro e, com uma panela vazia na mão, começou a andar de um lado para o outro no pátio. Os cães, habituados a receber a comida das

mãos do cozinheiro, gastaram o resto de suas forças em correr para casa. Assim que entraram, Pedro atirou fora o gorro e foi dizer ao barão:

–– Já passearam bastante. Qual é a próxima coisa a fazer?

O barão bufava, mas já tinha pronto outro plano: mandou Pedro recolher o mel das colméias, mas não lhe deu luvas nem máscara para proteger-se, como é de uso nesse serviço.

Cedinho, Malasartes colheu todas as flores que encontrou e deixou-as junto à janela do barão. Não demorou que as abelhas, cuja colmeia ficava perto, viessem zumbir em redor daquelas flores e sugar-lhes o néctar, permitindo que o rapaz recolhesse calmamente o mel. Quando

Pedro voltou, assobiando, todo satisfeito, o barão, admirado, abriu a janela para ver o que se passava. As abelhas, receosas de que a intenção do homem fosse expulsá-las, não tiveram pena dele e o castigaram tanto que foi preciso chamar um médico.

Pedro riu até não poder mais!

Porém, o Rói-unhas, percebendo que lidava com um jovem muito esperto, tratou de livrar- se dele o quanto antes. Ordenou a Pedro que levasse a sala para o quarto sem passar pela porta.

Estava certo de que Malasartes não encontraria uma solução.

O rapaz não necessitou de que a ordem fosse repetida. Tomou o machado e, debaixo do olhar abismado do barão, fez em pedaços a mesa, as cadeiras, o guarda-comidas, o piano, os quadros, tudo enfim que se encontrava na sala. Em seguida, pela janela aberta, atirou os pedaços para dentro do quarto.

–– Pronto, a sala já está todinha no quarto. Agora, para alegrar o senhor barão, vou trazer todo o quarto para a sala, também sem passar pela porta. Quer ver?

–– Não, não, pelo amor de Deus! – gritou o barão. – O que desejo é que você desapareça daqui quanto antes. Tome o seu dinheiro!

Pedro não aceitou e não saiu dali enquanto o barão não lhe entregou também o dinheiro devido ao velho criado pelos vinte anos de bons serviços.

Vamos recordar alguns fatos importantes da história?

a- Pedro encontrou pelo caminho um homem que reclamava sobre a ingratidão do patrão. Por que ele reclamava dessa ingratidão?

b - Pedro se propõe a ajudar o homem e diz:

“ –– Pois vou cuidar de emendar esse homem!”

- O que ele quis dizer com isso?

c - Quando foi aceito como empregado, quais foram as condições impostas a Pedro pelo Barão?

d - Encontre as 3 tarefas dadas a Pedro pelo Barão. Escreva a tarefa e como Pedro conseguiu cumpri-la.

- 1ª tarefa:

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Como a cumpriu:

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- 2ª tarefa:

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Como a cumpriu:

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- 3ª tarefa:

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Como a cumpriu:

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e - Por que o Barão não quis que Pedro terminasse a última tarefa?

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f - No final da história, Pedro conseguiu resolver o problema do velho criado que se lamentava? Por quê?

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g - Como Malasartes resolveu os seus problemas?

( ) usa a força bruta

( ) usa de esperteza

( ) usa bons argumentos

h - Nas histórias de Malasartes, quem parece ser o mais esperto no começo continua sendo no final? Justifique.

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